Em-cadeando
Moto que corre em descompasso
Passo que segue sem destino
Pela estrada que não leva
Trago a dor que sempre volta
No horizonte finito que espera
Vejo o desespero dos dias de não
A vulgaridade das bocas de sim
O singelo olhar do poente vermelho
Cobrindo o avermelhar dos olhos opacos
De onde caem lágrimas secas
Que umedecem línguas ávidas
No silêncio póstumo dos corpos
Os que dançaram descompostos
Dentro do lar dos despojados
Onde via-se o abandono
Com animais humanos cálidos
De um dono surreal
A sonhar com terra e gado
Para explorar os braços bambos
De seus molambos escravos
(Priscila Coli)
janeiro 18, 2005
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