abril 13, 2006

Na madrugada:

Toda paixão que sinto é segmentada
no instante da poesia nunca plena,
pequena
e serena,

silenciosa e triste.





Todo o amor,
calor e ardor que tenho

é o terror que venho determinar.


Todo o ar que furto
é sinal da força que uso
para te aprisionar entre braços e coração.



Minhas veias são teias
coaguladas em uma louca canção:

expressão dos delírios
e lírios
que pendem dos meus cabelos inteiros,

fios a fios,
prontos para te laçar.

(Bruna Maria)