dos sons
as notas que tocavam
pendiam
como
gotas
e então, comovido pela causa
eu chorava...
da voz
balbuciava seda e rosa
e as cordas
as cordas que emitiam aquela luz
eram somente dela
só dela.
da letra
versando em verso transparente
deixando vagos
absurdos
a letra da canção dos olhos dela
eram a explicação para meu mundo.
da pele
não que fosse seda ou rosa
mas a pela se precipitava e escorria...
tipo
gota
da chuva
e ia chovendo em mim.
e eu escorria...
da boca
versando em prosa e proseando em verso
tudo o que ela dizia me deixava bastante
desconcertado
um calor me comprimia...
e colei nela um beijo falado.
das cócegas
meus dez dedos riram-se todos.
pela barriga dela caminharam contentes
por
um
momento
pensei que estava sendo conveniente.
- deixa de ser bobo!
do coração I - pré
batidas aceleradas num compasso
errado
ela vinha vindo com o vento
vendo todo meu desesperar!
batidas
tum-tum-tum
e pratos de bateria
mal sabe que me arrebataria e me faria
descarrilar
do coração II -pós
riu de mim
riram meu dedos
doeram os segredos
me pus a chorar
pinguei
feito o som
da nota
da gota
no exato instante de parar
da conclusão
virei poça; e evaporei.
(obs.: alguns efeitos de formatação não puderam ser originalmente reproduzidos pelo blogger)
junho 24, 2005
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